sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MODOS DE MACHO - Mulheres que dizem fim

Como se dizia mui antigamente, deu na imprensa, reproduzo: as mulheres estão pedindo mais a separação do que os homens. Coisa séria. Reflita: dados sobre registro civil divulgados na última quarta-feira (25/11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, em 2008, 71,7% das separações não consensuais - ou seja, um quer, mas o outro não - foi pedido por mulheres.

Aproveito e reabilito uma velha tese. Velha, porém minha. Sim, homem é frouxo, só usa vírgula, no máximo um ponto e vírgula; jamais um ponto final.

Sim, o amor acaba, como sentenciou a mais bela das crônicas de Paulo Mendes Campos: "Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar..." Acaba, mas só as mulheres têm a coragem de pingar o ponto da caneta-tinteiro da convivência. E pronto. Às vezes com três exclamações, como nas manchetes sangrentas de antigamente.

Sem reticências...

Mesmo, em algumas ocasiões, contra a vontade. Sábias, sabem que não faz sentido prorrogação, os pênaltis, deixar o destino decidir na morte súbita. O homem até cria motivos a mais para que a mulher diga basta, chega, é o fim!!!

O macho pode até fugir para comprar cigarro na esquina e nunca mais voltar. E sair por ai dando baforadas aflitas no king-size do abandono, no Continental sem filtro da covardia e do desamor. Mulher se acaba, mas diz na lata, sem metáforas.

Melhor mesmo para os dois lados, é que haja o maior barraco. Um quebra-quebra miserável, celular contra a parede, controle remoto no teto, óculos na maré, acusações mútuas, o diabo-a-quatro. O amor, se é amor, não se acaba de forma civilizada. Nem no Crato...nem em Estocolmo.

Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o "the end" sem uma quebradeira monstruosa. Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava. O mais frio, o mais "cool" dos ingleses estrebucha e fura o disco dos Smiths, I Am Human, sim, demasiadamente humano esse barraco sem fim.

O que não pode é sair por aí assobiando, camisa aberta, relax, chutando as tampinhas da indiferença para dentro dos bueiros das calçadas e do tempo. O fim do amor exige uma viuvez, um luto, não pode simplesmente pular o muro do reino da Carençolândia para exilar-se, com mala e cuia, com a primeira criatura ou com o primeiro traste que aparece pela frente.

& MODINHAS DE FÊMEA

Chama a atenção na mesma pesquisa, citada na cumeeira desta crônica, como as gaúchas, em parelha com as catarinenses, são as mulheres que mais buscam na Justiça a separação. Só na Paraíba, mulher-macho-sim-senhor, os homens são maioria no mesmo tipo de atitude legal, porém dolorosa, barraquista e cruel.

Faz favor, seu garçom, tem aquela clássica de Jane e Herondy? Sim, "não se vá", toca pra gente, play it again, Sam! Aumenta o volume que estou caindo fora. Beijos e até a próxima.

Sex, 27 Nov, 10h51

Xico Sá*/Especial para BR Press

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

MODOS DE MACHO

Enigmático sorriso da moça que passa

Xico Sá*/Especial para BR Press

É um segundo da mais absoluta beleza. Lá vinha a morena. Minhas retinas fecham em close. Que maravilha! Aquele sorriso, como digo, indecifrável. Porque não se trata de um sorriso besta de alguma felicidadezinha passageira, de um ganho financeiro, da sorte no amor ou no jogo.

É mais enigmático. Muito mais do que o sorriso da Monalisa, que reza a lenda, era o sorriso de uma grávida. Não é o sorriso dos paraísos artificiais dos remédios tarjas pretas ou de alguma pastilha psicodélica. Nada.

Não é apenas o sorriso de quem recebeu uma notícia alvissareira, passou no concurso ou viu o regime fazer o efeito pretendido, uns quilos a menos, nova silhueta, que beleza! Nem chega perto.

Também não é o sorriso de quem ouviu uma cantada de amor com requintes de vida eterna.

A moça que ri sozinha na calçada é um mistério.

Não é o riso de quem ouviu uma piada, um "gostosa", "tesouro" etc etc. É bem mais profundo.

Seguramente não foi uma grosseria de pedreiro. Foi muito além dos belos dizeres dos feirantes, esses líricos, esses Vinícius de Moraes e suas baciadas de adjetivos. Por isso que digo, moça, uma ida à feira equivale a várias sessões de terapia ou análise.

De que ri a gazela?

Será que a moça que vem na calçada ri de alguma coisa que despencou-lhe, naquele exato instante,do trapézio da memória? Alguma coisa muito engraçada dos tempos em que ela era uma pequena, uma menina, quem sabe uma queda de uma árvore ao subir pela primeira vez no pé de jambo da frente da casa suburbana?

Não é o sorriso de quem recebeu carta do estrangeiro, carta do amor que um dia escafedeu-se, saiu para comprar o king size do desamor e do desprezo.

Às vezes parece um pouco com um certo sorriso de maldade. Uma pontinha de vingança, quem sabe. Mas que nada. Só parece. Nada que valha o veredicto. À medida, mesmo naquele rápido segundo, que os lábios voltam ao normal, desfazendo o sorriso e as covinhas, vê-se que não tem nada de maldoso naquele retrato. Muito menos é tingido pelo gloss sabor uva da ironia ou o batom vermelho das vinganças. Não, não é nada irônico, nada ressentido.

Quanto mistério num sorriso de tão pouco tempo. Daria uns cinco anos de vida em troca do esclarecimento desse enigma de um segundo. Chego até a refletir, cofiando a barba rala e dando pequenos nós na costeleta: será que é consciente, será que elas sabem que o misterioso sorriso toma conta do rosto naquela hora?

Não, também não é só sexo. Por mais que o gozo, a pequena morte, como dizem os franceses, faça bem à pele e seja motivo do carnaval particular no peito, não é esse ainda o motivo isolado daquele sorriso - um sorriso mais invocado do que o sorriso do gato de Alice.

Gastaríamos dias inteiros em especulações metafísicas sem rumo. Coisa de agoniar o juízo. Melhor mesmo apreciar, em uma cadeira de um bar de esquina, esse lindo mistério das crias das nossas costelas.

Sob a luz do final da tarde, aí é que o enigma do sorriso de graça nos deixa mais na fissura ainda.

& MODINHAS DE FÊMEA

Mais uma vez volto ao baú de velhas publicações destinadas às mulheres, herança da minha tia costureira Maria Ivone, só para gente entender como evoluímos, caro amigo porco-chauvinista. Repare na moral dos enunciados:

"Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa." (Jornal das Moças, 1957).

"Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas". (Jornal das Moças,1957)

"O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. ELE é quem decide - sempre!" (Revista Querida, 1953)

"Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite espere-o linda, cheirosa e dócil." (Jornal das Moças, 1958)

Como diria o velho comediante Costinha, com a sua imoral bocarra, "Nooooooossa!"


Xico Sá, 46, é autor de "Modos de macho & modinhas de fêmea" entre outros livros. Nasceu no Crato, Cariri, cresceu no Recife e hoje ronda a noite paulistana em busca de fábulas e crônicas. Fale com ele pelo e-mail xicosa@brpress.net

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Incomodada...

Juro, eu não to me aguentando...
Sabe quando o incomodo (mau humor) está te avisando que algo está para acontecer?
É essa sensação que eu tenho quanto a essa inexplicável falta absoluta de humor no dia de hj...
Tá, ok... Admito, bom humor não é um dos meus predicados, mas do jeito que está, eu queria poder estar longe de qualquer ser vivo e principalmente de mim...
Há algo de estranho no reino da Dinamarca...
O que será que vai acontecer???
O que será que me espera???
=\
Sabe aquele dia em que a gente acorda com o humor tão ruim...
Mas tão ruim que nem a gente mesmo se aguenta...
Hoje é um dia desses...
Estou visivelmente irritadiça...
O humor está péssimo...
Ou seja tá tudo ruim...
Se você pretende manter bom astral, bom humor, sanidade mental, o mínimo de amizade por mim e a sua própria vida...
Favor não chegar perto...
Hoje eu não estou pra ninguém...
Nem pra mim mesma...

domingo, 15 de novembro de 2009

Decepcionada...


Quem me conhece só um pouquinho sabe que eu sou absolutamente apaixonada pelo Nicolas Cage... Quem não me conhece muito acaba de descobrir...
Eu sou literalmente apaixonada por esse ator, o cara trabalha absurdamente bem...
E não, não consigo lembrar algum filme que ele tenha atuado mal...
Também não é o caso do filme que eu assisti ontem à noite, o cara absolutamente tentou salvar o filme... Mas nem todo o talento dele ajudou...
O Sacrifício é um filme que ele realmente poderia ter se poupado de gravar...
Juro! O enredo é ruim, o filme é ruim, é trash no frigir dos ovos, mas tem alguns toques beeeem irônicos...
A começar que só pra variar eles gostam de explorar o fato de que o Nicolas Cage é excelente em fazer papel de perturbado...
Sim, o cara é mestre nisso... Não consigo lembrar qualquer filme que ele não tenha algum tipo de transtorno... E mesmo com essa fórmula mais que batida, o cara é bom...
Bom, o filme já começa assim, com ele ficando over perturbado porque não conseguiu salvar uma garotinha e a “mãe” de um acidente em que um caminhão do nada bate no carro, que pega fogo e os corpos nunca foram achados...
Semanas depois aparece uma carta de uma ex-noiva pedindo ajuda para encontrar a filha que desapareceu... Outro fato bem batido, as personagens do Nicolas Cage sempre têm problema com alguma mulher, ex ou que vai se tornar atual... hehehe
Mais batido ainda é o fato de que as personagens dele sempre são seres muitíssimos curiosos e sempre vão se meter na furada proposta...
Tá, até aí 99% dos filmes norte-americanos se baseiam nisso, um perturbado, uma mulher e um fato curioso que vai colocar o mocinho em uma furada, com a mulher ou por causa dela...
Sabe a carta da ex-noiva? Pois é ela manda foto da criança desaparecida, que casualmente é a mesma criança que ele não conseguiu salvar no acidente... Coincidência?
Sabe a ex-noiva? Mora numa ilha isolada no final do nada em algum lugar do EUA, onde a população predominante é feminina e os homens não apitam pra nada a não ser fazer o serviço pesado e procriar... Nova coincidência?
Algumas partes chegam a ser ridículas, outras engraçadas, depois de trezentas coisas erradas, ele me sai com um: “alguma coisa de ruim está para acontecer, estou sentindo isso”. Eu devo concluir que só dessa vez ele tá falando sobre a morte dele... Risos, ele quase foi morto uma montanha de vezes até chegar a essa frase...
Outra tirada fantástica é que todas as mulheres têm nome de plantas, Rosa, Madressilva, Salgueiro, Primavera...
O ponto alto do filme é descobrir que a ex-noiva amada armou tudo isso qdo saiu da ilha pra achar algum homem para procriar... Anos depois, na época da festa da morte e renascimento os primogênitos são sacrificados em uma fogueira e adivinha quem era o primogênito da vez, sim, ele mesmo, que é queimado num totem onde existem primogênitos de tudo o que é espécie animal, humana, inclusive...
Primavera, a filha dele com Salgueiro, é que fica com a obrigação de acender o fogo... Enquanto ele aos berros do topo do totem grita: “Não primavera, não”... A criança nem sabe quem ele é... Até aquele momento ela não sabia da existência dele...
Enquanto o fogo destrói o totem e tudo o que tem dentro dele, Nicolas Cage grita até morrer queimado... E a população da ilha entoa a seguinte frase: "Morte ao nosso zangão!" Rídiculo!
Seis meses depois a ex-noiva e uma “irmã” saem da ilha procurando pessoas com a mesma característica dele, homem, policial, etc... Nova coincidência???
No fundo se parar pra pensar, o filme tem uma certa lógica... Mas, fato, é ruim pacas...
Qdo vc leva uma hora pra entender há que o filme veio, das duas uma, ou vc tá ficando muito sem lógica, ou o filme é ruim mesmo...
Não vou me alongar mais, achei o filme uma droga, mas abaixo tá uma resenhazinha...
Sinceramente, eu deveria ter ido dormir...


O Sacrifício ( The Wicker Man)
Resenha
O Sacrifício, com Nicolas Cage, é remake decepcionante
Ambicioso e dotado de mais estilo que a maior parte dos filmes de terror recentes, O Sacrifício, remake dirigido por Neil LaBute do clássico cult britânico O Homem de Palha, infelizmente fica longe de equiparar-se ao original de 1973.
Com poucas chances de conquistar fãs convictos, como fez o filme original, O Sacrifício acaba por suscitar mais risos que pavor.
Não é de hoje que Neil LaBute explora a relação entre os sexos em seu trabalho, e ele infundiu um toque feminista à versão atual da história, sobre um policial que, na busca por uma garotinha desaparecida, chega a uma ilha isolada povoada por uma sociedade pagã perversa.
O papel de líder do clã pagão, que no filme original foi de Christopher Lee, desta vez é representado por Ellen Burstyn, cujo personagem preside uma população dominada pelas mulheres, na qual os homens cumprem basicamente a função de abelhas operárias.
O filme começa com uma sequência que antecede os títulos, em que o policial californiano Edward Malus (Nicolas Cage), horrorizado, vê uma mãe e sua filhinha serem incineradas em seu carro, após uma colisão.
Emocionalmente fragilizado, o policial está mais vulnerável que o normal quando recebe uma mensagem urgente de Willow (Kate Beahan), uma antiga noiva que o abandonou anos antes. Escrevendo de uma ilha distante chamada Summerisle, no Pacífico, ela implora a ajuda de Edward para encontrar sua filha desaparecida.
Chegando à ilha após grandes dificuldades, Edward encontra uma sociedade agrária estranha que vive da produção de mel. As mulheres, que se tratam umas às outras como "irmã", o recebem com desconfiança e frieza, e os homens são estranhamente silenciosos. Edward topa com um obstáculo após outro enquanto procura a garotinha.
Finalmente, acaba por descobrir que a razão de sua presença na ilha tem mais ramificações sinistras do que jamais poderia ter imaginado.
O Sacrifício evita o erotismo e o subtexto religioso de O Homem de Palha e acaba caindo em tom não intencional de humor, com falas como "alguma coisa ruim está para acontecer, estou sentindo" (dita depois de mais ou menos 100 coisas ruins já terem acontecido).
Quando finalmente se chega à cena horrenda que deveria funcionar como clímax, que traz Cage vestido de urso e Ellen Burstyn com o rosto pintado, lembrando Coração Valente, o filme já degringolou irremediavelmente.
Os créditos finais incluem uma dedicação ao falecido músico Johnny Ramone, que, aparentemente, foi quem levou Nicolas Cage a se interessar pelo remake.

Reuters

http://cinema.terra.com.br/ficha/0,,TIC-OI6065-MNfilmes,00.html

sábado, 14 de novembro de 2009

Seven Deadly Sins versus Seven Heavenly Virtues

Reza a lenda que para cada pecado capital há uma virtude que equivale na nobreza para equilibrar a sordidez. Acredito que existam muito mais virtudes do que pecados. Acabei de ler um livro ótimo Petit Traté Des Grandes Vertus de André Comte-Sponville em português fica Pequeno Tratado das Grandes Virtudes mesmo. Os pecados são mais conhecidos, pois deixamos de trabalhar, evidenciar o bem. O mal sempre cultivou e cativou em maiores escalas e em velocidades assombrosas, pois é um percurso de atalhos e, portanto, bem mais rápido de ser alcançado, porém com um preço maior a ser pago.

Entre os pecados capitais:

1 - GULA
A busca incessante aos prazeres da comida e da bebida gera o embrutecimento do homem, de acordo com a teologia moral.
2 - AVAREZA
É o desejo exagerado pelos bens materiais, o que hoje se manifesta principalmente em relação ao dinheiro. Gera a injustiça e a fraude, entre outros males.
3 - INVEJA
Incorremos nesse vício quando desejamos os bens que outros possuem o que causa tristeza, rancor e ressentimento.
4 - IRA
A ira é a força que permite atacar um mal adverso. "A força da ira é a autêntica força de defesa e de resistência da alma", dizia São Tomás de Aquino. O mal advém de seu uso descontrolado, o que gera ódio e assassinato.
5 - PREGUIÇA
A imagem de uma pessoa dormindo em plena igreja representa a recusa em aceitar-se o esforço necessário para a união com Deus. Tal atitude, fruto da falta de amor ao bem, resulta em danos diversos, como perda de tempo o desinteresse pela vida.
6 - LUXÚRIA
Trata-se da entrega mundana, descontrolada e irracional aos prazeres corporais. Representa uma oposição direta ao cultivo dos valores do espírito, que se fundamentam na crença de que o verdadeiro prazer se encontra na conquista da graça e do perdão divinos.
7 - SOBERBA
Considerada a fonte de todos os pecados. Segundo a Igreja, todo erro de conduta pressupõe uma afirmação do ego em oposição ao Criador, como se o homem, com tal postura, afirmasse para si e para o mundo que seria o receptáculo da verdade, e não Deus.

O CAMINHO DAS VIRTUDES

Em contraponto aos pecados capitais, a Igreja formulou o conceito das sete virtudes fundamentais, cada qual servindo de antídoto específico a um dos pecados. Elas regulam conduta do fiel e conduzem o ser humano a Deus. "A palavra virtude provém do latim virtu, que significa força. Unidas, elas fortificam a pessoa ao longo de sua existência.

1 - HUMILDADE (versus soberba)
Jesus Cristo pregou a humildade quando lavou os pés dos apóstolos, antes da última ceia.
2 - DISCIPLINA (preguiça)
Manter-se fiel aos princípios divinos mesmo em meio às atribulações da vida.
3 - CARIDADE (inveja)
A Igreja Católica coloca a caridade como sinônimo do amor ao próximo.
4 - CASTIDADE (luxúria)
Auto domínio, controle das paixões e da sensualidade exacerbada.
5 - PACIÊNCIA (ira)
Harmonia interior para não perder a calma diante das adversidades.
6 - GENEROSIDADE (avareza)
O valor de uma pessoa cultivar a capacidade de compartilhar com o próximo.
7 - TEMPERANÇA (GULA)
A postura equilibrada diante dos prazeres, controlando o apetite por comida e bebida.

Todos os dias entre o despertar e o adormecer, só no nosso universo particular sabemos o dragão que temos que matar. O esforço para nos mantermos fortes, crentes, imparciais, presentes e constantes para podermos lidar com a pressão que insiste em querer nos sufocar e nos tirar o alcance da superfície. Não queremos que os problemas desapareçam... São eles que nos fazem querer vencê-los, para que depois de transpô-los, encarar novos desafios, cada vez mais instigantes no fazendo crescer como pessoas e seres mais sábios e aguerridos. Mas que isto nos toma uma energia... Ai neste momento mínimo de fraqueza que nossos dois lobos se manisfestam... Os lobos que em todos nós habitam... Um lobo do bem e um lobo do mal... que vai prevalecer aquele que eu alimentar mais... sempre!

Não se envergonhe de chorar, se logo após enxugar suas lagrimas e seguir em frente, de rir de si mesmo, de se apaixonar, de odiar e voltar a amar a pessoa que odiou há pouco. Reconhecer que vc é o seu próprio céu e seu inferno. Que vc tem uma familia problemática ( who doesn't??? ) mas seus amigos compensam qualquer afeto torto...que os dois kilos que vc insiste em perder vão resistir bravamente, no matter what you do, que seu cabelo é seu vc gostando ou não e que sua mãe acha vc a pessoa mais linda do mundo. Liberte-se do seu pessimismo. Permita-se sentir que a vida é mais que um chefe de mau humor, que uma unha quebrada, que uma amiga desleal, que estar sozinha ou ter um namorado babaca, mais que ter pena de si mesmo. E se vc não é pessimista, mas assim como eu uma otimista nata, agradeça, agradeça por ter alguém pra amar e ser amada, por ter amigos, muitos ou poucos... Mas que sejam damn great...que seu trabalho preencha seu espírito de tal forma que seu coração bata de forma diferente, que cozinhar seja uma terapia, que a escolha de um esmalte seja um ritual de prazer, que ler um livro sentindo o vento tocar o rosto seja um carinho de Deus, que a voz dos seus amados sejam como melodias embalando sua vida e lembrando que a cada dia...entre o despertar e o adormecer...vc pode escolher em ser uma pessoa melhor, mais virtuosa, menos pecadora mas principalmente que uma força maior há de sempre...LIVRAI-NOS DE TODO O MAL.

http://lucianeaotearoa.blogspot.com/2009/11/seven-deadly-sins-versus-seven-heavenly.html



Outro post da Lu que eu amei... Thanks again...

Duvido

Duvido do beijo
Com olhos abertos
De palavras não ditas
E sorrisos incertos.

Duvido do olhar
A não me penetrar
É como se na minha casa
que é minha alma, não quisesse entrar.

Duvido daquele que sempre
Me escorre pelas mãos
Por que aos tolos escorregadios
Jamais pertencerá meu coração.

Duvido do corpo
latejante que chama,
O corpo padece
do mal e bem de quem ama.

Duvido enfim da sanidade
de dois amantes
Pois na hora do amor
Não existe um agora , nem depois quiçá um antes...
By Lu

http://lucianeaotearoa.blogspot.com/2009/11/i-doubt.html



Achei poema lindo, copiei do blog da Lu... Thanks dear...

Se eu fosse...

Vamos usar a idéia da Lu, uma amiga de Gramado...
Se eu fosse....
Uma fruta : Pêssego
Uma flor : Mosquitinho (que é aquela florzinha branca que acompanha buquês de flores)
Uma cor : Lilás
Uma música : Vitoriosa – Ivan Lins
Uma roupa : Vestido
Um esmalte : Renda
Uma estação : Primavera
Um número : 05
Uma letra: M
Uma cozinha: Chinesa
Um orixá : ----
Um santo : ----
Um doce: Trouxinha de nozes
Um prato : Foundue
Uma lua : Crescente
Um lugar: Porto Alegre
Um passeio: Serra
Um país : Holanda
Uma cidade: Porto Alegre
Uma saudade : da Michelle que eu fui um dia
Um filme : 60 segundos
Um livro : Amor, Curiosidade, Prozac e Dúvidas (Lucia Etxebarria)
Uma bebida : Keep Cooler
Um carro : Grand Cherokee
Um hobby: Viajar
Uma necessidade : Ouvir música
Um prazer : Sexo
Um vício: Internet
Um pecado : Todos
Uma virtude: Abnegação
Uma qualidade : Sinceridade
Um defeito : Extrema sinceridade
Um animal : Cachorro
Uma existência : a minha
Uma fuga : Ler
Um sonho : Filho(a)
Uma eternidade: O espírito
Uma parte do corpo: Coração
Uma bobagem: Falar sozinha
Uma prioridade : Caridade
Uma dança : Valsa
Um objeto: Máquina Fotográfica
Uma língua: Alemão
Um petisco : frutas oleaginosas em geral
Um medo: não realizar todos os sonhos
Um deleite : Viver
Uma vida: A minha! Sem dúvida...

Eu ainda tenho esperança na humanidade

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Enfim findí...

E essa semana foi muiiiito longa pro meu gosto...
Não sei pq, acho que após quase um ano e meio sem férias, eu tinha que estar assim mesmo...
Enfim, faz parte...
Eu queria dormir muito...
Pena que eu não consigo o milagre...
Sexta-feira!!! \o/
Bem findo final de semana...
Uhu!!!

MODOS DE MACHO - V de vingança, V de vestido

Quem tem medo de um par de pernas desavergonhadamente à mostra? Calma, moça, calma, meu rapaz! Este cronista retardatário não vai gastar os seus bêbados perdigotos de tiozinho "lóki" ainda tratando sobre o caso da universidade bandeirantes, talebans e de outros tantos enrustidos Borba Gatos.

Sossega, menina Geisy, prometo não fazer mais uma pecaminosa lavagem de roupa suja e encolher ainda mais o seu honesto vestuário nesta sexta-feira, 13.

Tampouco vou ficar com essa cara de marido que não gostou nada do que a patroa anda usando nas festas da firma - vestida para matar inclusive o mais moralista chefe do almoxarifado.

Pera lá, muito pelo contrário. Viva o V de vingança de todos os micros, médios e macros vestidos.

Tubinhos, pretinhos básicos, com e sem alça, os brejeiros de chita. E o tomara-que-caia, amigo, você já testemunhou a queda de pelo menos uma alça dessas na vida? É lenda. Por mais que a gente seque, nunca vi uma peça do gênero despencar na minha frente. A Lin, uma amiga, diz que sim, cai mesmo, já foi vítima. Duvido!

Ei, você aí, de cabelos brancos na fronte do artista... Você mesmo, rapaz, deve se recordar muito bem daquele que Sônia Braga vestia quando escalou o telhado, em Gabriela Cravo e Canela, lembra?

Alvíssaras, meus camaradas, os vestidos voltaram com tudo. A vingança. Não que tivessem sumido da história, das ruas, das festas, repartições e corredores universitários. Mas andavam em baixa, suplantados pela praticidade burocrática das Evas modernas e suas calças, suas saias austeras e seus tailleurs, essas peças apolíneas que batem a carteira de Vênus, roubam a alma de Eros...

De tão gananciosos e neoliberais, os tailleurs são capazes de sair sozinhos para o trabalho e bater o cartão de ponto.

Redenção

Salve o caso do vestido para realçar o que já era tendência no mundo das passarelas. Estranho, porém bueníssimo quando até a moda começa a entender um pouco os homens héteros. Assim paga e se redime de todos pecados anteriores. Redime-se lindamente do quanto enfeiou as belas mulheres nas últimas décadas, como pregava o tio Nelson.

Nada nos cai tão bem ao desejo quanto um vestido.

Todo homem que é homem ama passear com uma mulher com a mais linda dessas peças. Mesmo os mais machões, que fingem ignorar a vestimenta da fêmea - reservando-se apenas a dar chiliques quando as vestes são muitas curtas.

Seja um Versace, que custa os olhos da cara, seja um baratinho de chita.

Homem que é homem, seja de Paris, Nova York ou do sertão dos Cariris, como o meu avô João Patriolino, vai à Maison ou à feira e traz uma bela peça de presente para a amada. Até mesmo o Fabiano, que mal tinha um cobre no bolso, personagem do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, voltava da cidade com um corte de pano estampado para cobrir só o couro e o osso da sua mulherzinha querida.

V de vestido, decotes de todos os ossinhos, para deixar mais faceiras as gazelas, dar mais graça e maciez às cheinhas, realinhar a beleza nobre das afilhadas de Balzac, faiscar a brasa das cinquentonas e mergulhar as sexagenárias no banho de loja como se saltassem felizes na piscina de Cocoon, o filme.

A peça nos põe, homens de todas as gerações e gostos, mais românticos. O mais tosco dos canalhas sucumbe como um romeiro de joelhos diante de uma santa.

& MODINHAS DE FÊMEA

Ora, nem carece ser a mais bela por completo - isso é utopia e ditadura de modinhas, você precisa ter apenas uma linda parte pelo todo, como aquela figura de linguagem, a tal da metonímia que aprendemos no colégio.

Mulher é parte pelo todo. Uma linda omoplata, um pescoço, ombrinhos, calcanhares mais lindos, batatas de pernas invejáveis, belos braços...

Aí ficará ainda mais linda de vestido. O charme da hora é mostrar-se, ter a manha, a coragem, mesmo com o que você supõe ser uns quilinhos a mais. Na balança das nossas retinas e trenas, isso pode ter importância de menos, quase nada, alguns gramas de preconceito e frescuras na cabeça de homens que já não valiam a pena mesmo.

Perdão, leitora de sempre, mas sou obrigado a repetir, ad infinitum, meu velho mantra: homem que é homem acredite, não sabe a diferença entre estria e celulite.


Xico Sá*/Especial para BR Press

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Momento fossa

Apenas para registrar...
Eu acho que já ouvi todos os cd's do Bruno e Marrone que eu tenho direito desde que cheguei ao escritório até este exato momento e não há pelo jeito a menor perspectiva de que isso mude até o meio-dia...
Mereço???
Seu Amor Ainda É Tudo
(Bruno e Marrone)
Composição: Moacyr Franco

Muito prazer em revê-la, você está bonita
Muito elegante, mais jovem, tão cheia de vida
Eu ainda falo de flores e declamo seu nome
Mesmo os meus dedos me traem, discam o seu telefone

É minha cara, eu mudei, minha cara
Mas por dentro eu não mudo
O sentimento não para, a doença não sara
Seu amor ainda é tudo, tudo

Daquele momento até hoje esperei você
Daquele maldito momento até hoje, só você
Eu sei que o culpado de não ter você sou eu
E esse medo terrível de amar outra vez é meu

Sei não devia dizer, disse perdoa
Bem que eu queria encontrá-la e sorrir numa boa
Mas convenhamos, a vida nos faz tão pequenos
Nos preparamos pra muito e choramos por menos

É minha cara eu mudei, minha cara,
Mas por dentro eu não mudo
O sentimento não para, a doença não sara
Seu amor ainda é tudo, tudo

Daquele momento até hoje esperei você
Daquele maldito momento até hoje, só você
Eu sei que o culpado de não ter você sou eu
E esse medo terrível de amar outra vez é meu

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tramanda...

E é bem estranho mesmo o que eu vou confessar...
Mas todas as vezes que eu vejo o onibus que vai pra Tramandaí, eu tenho uma vontade louca de segui o impulso de sair correndo e entrar nele sem pensar muito nas consequencias desse ato.
Não sei explicar porque???!!!
Talvez porque as melhores recordações de independencia e "descompromisso" eu tenha de lá...
Ou pq eu tenha lembranças boas, muitas lembranças boas, mais até do que as ruins...
Talvez pq eu tenha sentido o maravilhoso sabor de morar sozinha e de ser muito mimada qdo estava em casa...
Por causa dos amigos que fiz lá e pelo delicioso "casinho" que eu tive...
Provavelmente pq eu tenha conseguido trabalhar com uma coisa que amo muito, que é dar aula, sem estar dentro de uma escola pública...
Provavelmente pq eu tenha realizado o sonho de ter que viajar e passar a semana fora de casa, só pra depois voltar pra casa e me sentir cool...
Talvez pq morar num hotel seja o maior barato e esse era outro sonho bobo a ser realizado...
Acho que esses sonhos bobos sempre foram o meu modo de desafiar minhas certezas, seguranças e paradigmas...
E um modo de sair da minha zona de conforto e ver que o mundo é maior que o meu quarto...
Talvez pq lá eu ficasse bem mais longe dos problemas que não são meus aqui, mas que sou obrigada a enfrentar...
Enfim, não dá pra explicar mesmo...
Mas Tramandaí tem um lugarzinho especial no meu coração...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Hoje...

Como se não me fosse o suficiente "n" coisas acontecendo ao mesmo tempo...
Depois de sair do SERASA com a incrível informação que eu estava com meu nome inscrito lá, de uma conta que eu nunca tive, eu tinha que me dar o luxo de ir almoçar...
Aproveitando que eu estava no shopping Rua da Praia, fui almoçar em um buffet de comida chinesa que tem lá e eu adoro...
Enquanto me servia, alguém falou comigo...
Por pura educação eu sorri e respondi - é to em horário de almoço sim...
O quanto a imaginação de um ser humano permite que idealizar a situação:
Uma praça de alimentação nada grande de um shopping lotada e pessoas procurando desesperadamente uma mesa pra sentar e conseguir almoçar... Nem é difícil né?
Pois bem, eu achei uma mesa e rapidamente fui me sentar, qdo não mais que de repente quem está na minha frente perguntando se pode sentar comigo?
Sim, o ser que puxou conversa comigo enquanto eu estava me servindo no buffet...
E não, minha educação não me deixou dizer não...
Então acabei almoçando acompanhada...
E eu que não tenho muita tolerância pra muita coisa, tive de ouvir a criatura me fazendo perguntas que eu não gostaria de responder, escutar confissões que eu não gostaria de saber e uma proposta de vamos sair que eu não queria ter ouvido.
Moral da história, engoli literalmente a comida e pedi licença avisando que meu horário de almoço estava estourado e saí correndo, sem não antes deixar meu telefone celular com a figura...
O detalhe que ele não sabe é que eu não atendo telefones que eu não conheço...
Sei que é cruel, mas não, eu não to aberta a relacionamentos e principalmente pra quem não tem estrutura para ter um...
Admito que eu ando beeeeeemmmm chata quanto a isso, mas aos 32 anos e com a estrutura de vida que eu tenho, eu preciso de alguém que me ofereça mais do que um simples quem sabe a gente não sai no sábado, vem a Porto Alegre que vai ser bem legal...
Não, eu preciso de alguém que se desabe até aqui e venha me buscar de carro, de preferência...
Alguém que não me faça sair desembestada de casa num sábado, pq eu sou muito comodista pra pensar em apostar em algo que eu não vi futuro...
Enfim, tem coisa que só o universo faz por vc...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pensando...

Relacionamentos...
Enfim, pensei eu que tivesse achado a formula perfeita para o meu ideal de relacionamentos...
Eu só preciso de alguém que relativamente entenda que eu tenho uma vida muito workaholic e muito CDF, fora isso que meus amigos são absoluta prioridade e que eu detesto me sentir presa...
Achar alguém que pensasse assim era aparentemente impossível...
E não é que eu achei!!!
Então a gente acaba pensando que tenha achado uma nesga de luz no fim do túnel...
Mas o universo consegue ser muito irônico com a gente...
E não é que tudo entre a gente combina!!!
E não é que sabemos que somos o par perfeito um do outro...
E sabemos que enfim isso é um sonho de consumo...
E sabemos muito mais coisa, tudo muito favoravel a nós...
Só tem uma coisa pouco favoravel...
O universo...
Ele nos deixa na duvida...
Não nos dá certezas...
Não nos dá se quer uma pontinha de segurança...
Uma pontinha seria o suficiente pra gente tentar apostar na situação...
Tudo esta perfeito demais...
E sabe como é...
Tudo o que é muito perfeito, tem seu fundo de imperfeição...
Das leben...