E hoje passei o dia com uma dorzinha de saudade no peito que não sei como explicar...
Talvez pq eu tenha ficado o dia sozinha o que de certa forma me leva a certo saudosismo...
Já tive carnavais melhores, confesso...
Com muito mais gente na minha volta e com muito mais diversão...
Mas como se sabe o rumo natural da vida é o de que as pessoas formem famílias e que a vida siga seu rumo natural...
Workaholics e CDFs como eu tendem a ter exatamente a vida que eu tenho...
Temos clássicos exemplos como a Carol, eu e muitas amigas nossas, que de certa forma por mais que a gente tenha um relacionamento aqui e acolá, saia e se divirta, viaje pra caramba e etc.
Essa coisinha que qualquer um consegue fazer a mérito próprio depois de passar ralando anos a fio vê-se de certa forma que olhando para trás fomos e somos estudantes nota 10, salvo algumas exceções e somos aquelas profissionais que são contratadas a peso de ouro ou que não são dispensadas tão facilmente de onde trabalhamos...
Outra vez volto a citar a Carol, que já viajou o mundo, sempre para estudar e/ou trabalhar e que voltou pro Grupo Abril na metade do ano passado, pesando ouro depois de ganhar o Prêmio Abril de Jornalismo... Não diferente ela é tão workaholic como eu e é tão CDF quanto eu sou tb...
A diferença entre nós duas é que eu ainda não terminei a faculdade e ela tá fazendo mestrado... Mas assim como ela, posso não ter ganhado o prêmio Luiz Chaves de Almeida, tão pouco tenho pretensão disso, mas não foi fácil sair dos meus últimos empregos, foi sim oferecida certa resistência de ambas as empresas...
Hoje estou trabalhando em uma empresa que de certa forma pra garantir que eu estaria nela, me ofereceu um salário razoavelmente bom...
E daí nós (não é, Carol?) olhamos para trás e vemos grandes conquistas e olhamos para frente e cada vez menos nós enxergamos pessoas com quem a gente consiga compartilhar essas conquistas todas...
E a gente fica se perguntando o que está faltando na nossa vida e o pq nós mulheres independentes, donas do próprio nariz, seguras de si e essas coisas não temos um relacionamento estável... Alguém ao nosso lado pra ser um companheiro...
A teoria é homens tem medo de mulheres assim... E ponto. Durma-se com um barulho desses!!!
Não eu literalmente não quero um marido que pague as minhas contas (embora eu viva dizendo isso viu A.), tão pouco alguém que sustente meus caprichos, longe de mim alguém que consiga ter poder financeiro sobre mim, eu surto...
Eu quero do meu lado alguém que me faça companhia, mesmo ele estando em um lugar da casa e eu em outro, que eu possa conversar quando precisar ou no final do dia, depois de ter ambos chegados exaustos de um longo dia, dividir uma pizza num sábado à noite e fazer amor de vez em quando...
Alguém com quem eu possa esquecer um pouco do trabalho, curtir a companhia dos amigos, ficar de bate papo, conversar como foi o dia e com a maior simplicidade do mundo dizer está com sono, vamos dormir, receber as melhores e mais simples provas de amor...
Alguém que eu possa lembrar que tem que pagar uma conta que vence amanhã, que me lembre que precisa depositar dinheiro no banco, que eu lembre que precisa tomar remédio, que me acorde no meio da madrugada pq precisa conversar, que eu lembre que preciso marcar dentista se não ele não vai marcar mesmo...
Alguém que saiba que eu prefiro suco de uva, que eu tenho alergia a coco, que eu saiba quais os maiores desejos, quais os grandes sonhos, quais as aspirações, que eu possa apoiar em qualquer decisão, que eu possa contestar quando preciso, que eu possa dar a mão quando necessário...
Que perceba minhas qualidades, que esqueça os meus deslizes, que perdoe minhas falhas e conviva com isso numa boa, me aceite como eu sou, do mesmo jeito que aceito todo mundo do jeito que é...
Eu quero algo comum, talvez isso seja o que a gente precise, embora negue veementemente...
É comum...
Se apaixonar, isso realmente não dá pra evitar, embora eu evite muito...
A gente esquecer que pessoas que nunca nos ligam também se importam com a gente...
Esquecer que nosso tempo nessa esfera mortal é limitado e não é suficiente para realizarmos tudo que a gente precisa e o que gostaria, ou a gente faz um ou outro, embora a gente possa fazer os dois...
Não realizar todos os sonhos, pq eles vão mudando com o tempo...
Não beijar todas as bocas que nos atraíram, nos atraem ou atrairão...
Não dizer tudo o que precisaria ser dito, nem fazer tudo do modo como deveria ser feito...
Não nos confrontarmos com nossos enfrentamentos, nos conformarmos com a falta de algumas coisas na nossa vida e deixarmos de lutar pelas nossas loucuras...
Não entender um olhar, mas entender uma explicação sem lógica qualquer...
Não ir a fundo em nada... É confortável e ponto final.
A gente precisa sim daquilo que é comum...
Tenho amigos que detestam quando eu digo que homem é tudo igual... E é mesmo... Até que aparece um e prova ser diferente...
Assim como mulher é tudo complicada... E é mesmo... Até que a gente mostra que o que a gente quer é algo bem simples...
E chega numa terça-feira de carnaval e eu to aqui sentindo essa dorzinha tão chata, que até então eu não sabia explicar...
Dois textos para complementar esse post...
Felicidade Realista (que dizem ser do Mario Quintana) e Saudade (que dizem ser do Miguel Falabella)...
Uma música:
O Mundo anda tão complicado
Legião Urbana
Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
A mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som
Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa
é a chave que sempre esqueço
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um p'ro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor
Por amor
Talvez pq eu tenha ficado o dia sozinha o que de certa forma me leva a certo saudosismo...
Já tive carnavais melhores, confesso...
Com muito mais gente na minha volta e com muito mais diversão...
Mas como se sabe o rumo natural da vida é o de que as pessoas formem famílias e que a vida siga seu rumo natural...
Workaholics e CDFs como eu tendem a ter exatamente a vida que eu tenho...
Temos clássicos exemplos como a Carol, eu e muitas amigas nossas, que de certa forma por mais que a gente tenha um relacionamento aqui e acolá, saia e se divirta, viaje pra caramba e etc.
Essa coisinha que qualquer um consegue fazer a mérito próprio depois de passar ralando anos a fio vê-se de certa forma que olhando para trás fomos e somos estudantes nota 10, salvo algumas exceções e somos aquelas profissionais que são contratadas a peso de ouro ou que não são dispensadas tão facilmente de onde trabalhamos...
Outra vez volto a citar a Carol, que já viajou o mundo, sempre para estudar e/ou trabalhar e que voltou pro Grupo Abril na metade do ano passado, pesando ouro depois de ganhar o Prêmio Abril de Jornalismo... Não diferente ela é tão workaholic como eu e é tão CDF quanto eu sou tb...
A diferença entre nós duas é que eu ainda não terminei a faculdade e ela tá fazendo mestrado... Mas assim como ela, posso não ter ganhado o prêmio Luiz Chaves de Almeida, tão pouco tenho pretensão disso, mas não foi fácil sair dos meus últimos empregos, foi sim oferecida certa resistência de ambas as empresas...
Hoje estou trabalhando em uma empresa que de certa forma pra garantir que eu estaria nela, me ofereceu um salário razoavelmente bom...
E daí nós (não é, Carol?) olhamos para trás e vemos grandes conquistas e olhamos para frente e cada vez menos nós enxergamos pessoas com quem a gente consiga compartilhar essas conquistas todas...
E a gente fica se perguntando o que está faltando na nossa vida e o pq nós mulheres independentes, donas do próprio nariz, seguras de si e essas coisas não temos um relacionamento estável... Alguém ao nosso lado pra ser um companheiro...
A teoria é homens tem medo de mulheres assim... E ponto. Durma-se com um barulho desses!!!
Não eu literalmente não quero um marido que pague as minhas contas (embora eu viva dizendo isso viu A.), tão pouco alguém que sustente meus caprichos, longe de mim alguém que consiga ter poder financeiro sobre mim, eu surto...
Eu quero do meu lado alguém que me faça companhia, mesmo ele estando em um lugar da casa e eu em outro, que eu possa conversar quando precisar ou no final do dia, depois de ter ambos chegados exaustos de um longo dia, dividir uma pizza num sábado à noite e fazer amor de vez em quando...
Alguém com quem eu possa esquecer um pouco do trabalho, curtir a companhia dos amigos, ficar de bate papo, conversar como foi o dia e com a maior simplicidade do mundo dizer está com sono, vamos dormir, receber as melhores e mais simples provas de amor...
Alguém que eu possa lembrar que tem que pagar uma conta que vence amanhã, que me lembre que precisa depositar dinheiro no banco, que eu lembre que precisa tomar remédio, que me acorde no meio da madrugada pq precisa conversar, que eu lembre que preciso marcar dentista se não ele não vai marcar mesmo...
Alguém que saiba que eu prefiro suco de uva, que eu tenho alergia a coco, que eu saiba quais os maiores desejos, quais os grandes sonhos, quais as aspirações, que eu possa apoiar em qualquer decisão, que eu possa contestar quando preciso, que eu possa dar a mão quando necessário...
Que perceba minhas qualidades, que esqueça os meus deslizes, que perdoe minhas falhas e conviva com isso numa boa, me aceite como eu sou, do mesmo jeito que aceito todo mundo do jeito que é...
Eu quero algo comum, talvez isso seja o que a gente precise, embora negue veementemente...
É comum...
Se apaixonar, isso realmente não dá pra evitar, embora eu evite muito...
A gente esquecer que pessoas que nunca nos ligam também se importam com a gente...
Esquecer que nosso tempo nessa esfera mortal é limitado e não é suficiente para realizarmos tudo que a gente precisa e o que gostaria, ou a gente faz um ou outro, embora a gente possa fazer os dois...
Não realizar todos os sonhos, pq eles vão mudando com o tempo...
Não beijar todas as bocas que nos atraíram, nos atraem ou atrairão...
Não dizer tudo o que precisaria ser dito, nem fazer tudo do modo como deveria ser feito...
Não nos confrontarmos com nossos enfrentamentos, nos conformarmos com a falta de algumas coisas na nossa vida e deixarmos de lutar pelas nossas loucuras...
Não entender um olhar, mas entender uma explicação sem lógica qualquer...
Não ir a fundo em nada... É confortável e ponto final.
A gente precisa sim daquilo que é comum...
Tenho amigos que detestam quando eu digo que homem é tudo igual... E é mesmo... Até que aparece um e prova ser diferente...
Assim como mulher é tudo complicada... E é mesmo... Até que a gente mostra que o que a gente quer é algo bem simples...
E chega numa terça-feira de carnaval e eu to aqui sentindo essa dorzinha tão chata, que até então eu não sabia explicar...
Dois textos para complementar esse post...
Felicidade Realista (que dizem ser do Mario Quintana) e Saudade (que dizem ser do Miguel Falabella)...
Uma música:
O Mundo anda tão complicado
Legião Urbana
Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
A mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som
Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa
é a chave que sempre esqueço
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um p'ro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor
Por amor
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