
Este livro tem algo de especial, me faz lembrar que amor e amar fazem bem demais...
Explico, ganhei este livro e alguns de outros presentes do meu então namorado CH...
Depois disso tenho lido quase que anualmente este livro, se bem que ele andou sumindo de uns tempos pra cá e nem imagino onde ele esteja...
Preciso procurar, mas ele deve estar à mão, visto que eu morro se perder ele...
Uma sinopse do livro:
AMOR: uma possibilidade remota para Rosa, uma memória triste para Cristina, uma recordação dolorosa para Ana. CURIOSIDADE: haverá outra vida para além das fronteiras do quotidiano, dos espaços fechados do escritório, do lar ou do mais recente bar da moda? PROZAC: vinte miligramas diários de paz química, uma pastilha verde e branca para bloquear os pontos do cérebro onde se ligam as idéias e os sentimentos. DÚVIDAS: famílias desfeitas, empregados precários, relações efêmeras, sexo infectado - é possível sobreviver ao naufrágio? Num estilo pessoalíssimo, ora dramático, ora irônico, Lucia Etxebarria concebeu uma abordagem original da difícil busca da identidade feminina. As histórias cruzadas de três irmãs são o espelho desencantado de um mundo dominado por homens e ferido por uma profunda crise de valores.
Tem um trecho que me inspirou muito uma época e num dos meus surto, aquele em meu ex-patrão não me deixou nem entrar na sala para retirar o que era meu (aquele cara é louco, juro), eu me lembrei muito dele:
(...) e numa manhã em que desci à farmácia para comprar comprimidos porque já não podia com aquela dor de costas, o sol deu-me na cara para me avisar de que estava a malbaratar a minha vida, a única vida de que disponho, porque sou uma mulher e não um gato, e dei-me conta de que havia dois anos que não sentia a carícia dourada do sol no nariz, que a minha juventude estava a escoar-se comigo encerrada num escritório de persianas blindadas, e tranquilamente subi no elevador falante que havia dentro daquele edifício inteligente, terceiro andar, abrindo as portas, dizia o elevador com voz tecnificada, dirigi-me à minha mesa e lancei uma ordem no meu computador: DELETE ALL.”
Ok, eu não digitei Delete all, eu entrei no prompt do MS-DOS e digitei del *.* e dei um enter e fui embora, pra nunca mais saber daquela empresa...
Foi a coisa mais insana que eu já fiz, depois de algum tempo o Gerente (um affair) veio me perguntar se eu sabia o que tinha acontecido com o computador...
Não é que eu com toda a minha cara de pau disse: Como é que eu vou saber, eu não trabalho mais lá e naquele dia vcs mal me permitiram entrar na sala para pegar as minhas coisas...
A vingança não é doce???